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Como a Lupa faz suas checagens?
15.10.2015 - 08h02
A Lupa segue uma metodologia de trabalho própria, desenvolvida com base em processos de sucesso implantados por plataformas de fact-checking como a argentina Chequeado e a americana Politifact. A matéria-prima principal no processo de produção de conteúdo jornalístico são as declarações feitas por atores públicos e as informações potencialmente falsas que circulam em plataformas de redes sociais e em aplicativos de mensagem.
O processo começa com a seleção das frases que podem vir a ser checadas e classificadas. Para isso, os jornalistas da Lupa observam, diariamente, o que é dito por políticos, líderes sociais e celebridades, em jornais, revistas, rádios, programas de TV e na internet. Ao selecionar a frase em que pretende trabalhar, a equipe adota três critérios de relevância. Dá preferência a afirmações feitas por personalidades de destaque nacional, a assuntos de interesse público (que afetem o maior número de pessoas possível) e/ou que tenham ganhado destaque na imprensa ou na internet recentemente. Preocupa-se, portanto, com “quem fala”, “o que fala” e “que barulho faz”.
A Lupa não checa opiniões (a não ser quando elas sejam contraditórias – nesse caso levam essa etiqueta). A Lupa não faz previsões de futuro. Não aponta tendências nem avalia conceitos amplos. Esforça-se para verificar o grau de veracidade de frases que contenham dados históricos, estatísticos, comparações e informações relativas à legalidade ou constitucionalidade de um fato.
A Lupa também pode verificar a qualidade de produtos e serviços, além da veracidade de anúncios publicitários, slogans e imagens. Pretende ser um lugar ao que os brasileiros podem recorrer quando precisam tomar decisões – das mais simples às mais importantes.
A partir de maio de 2018, a Lupa ampliou seu trabalho para o campo do debunking – verificação de conteúdo publicado por fontes não oficiais. A decisão foi tomada a partir da adesão da empresa ao projeto de verificação de notícias (Third Party Fact-checking Project) do Facebook. A metodologia de trabalho aplicada ao fact-checking e ao debunking se assemelham:
Uma vez decidida a frase/conteúdo que será checado, o repórter da Lupa faz um levantamento de “tudo” que já foi publicado sobre o assunto. Consulta jornais, revistas e sites. Depois, se debruça sobre bases de dados oficiais e inicia o processo de garimpo de informações públicas. Na ausência delas ou diante da necessidade de saber mais sobre o assunto a ser checado, o repórter da Lupa recorre às Leis de Acesso à Informação (LAI) e/ou às assessorias de imprensa. Ainda pode ir a campo, levando consigo os meios tecnológicos que julgar necessários para a apuração: equipamento fotográfico, de áudio ou de vídeo.
Para concluir seu trabalho, o repórter pode recorrer à análise de especialistas para contextualizar o assunto e evitar erros de interpretação de dados. Com tudo isso em mãos, solicita posição oficial daquele que foi checado, dando-lhe tempo e ampla oportunidade para se explicar (no caso do debunking, esse passo pode ser omitido).
Para chegar ao público, a Lupa publica conteúdos em seu site, em perfis proprietários em redes sociais e também fornece material para parceiros. No site da Lupa, os conteúdos jornalísticos e educacionais são assinados, enquanto os textos institucionais, por serem comunicados oficiais da empresa, não. Quando uma matéria jornalística é assinada por mais de duas pessoas, nas capas, ela aparece assinada como Equipe Lupa (para saber quem são os autores, basta clicar na matéria).
Ao cumprir as etapas de sua metodologia, a Lupa se certifica de que entrega a seus leitores um texto objetivo, repleto de links que o ajudarão a reconstruir o caminho percorrido pelo checador e a entender suas conclusões.
A Lupa não publica nenhuma informação em off, ou seja, não utiliza fontes anônimas em seu trabalho. A Lupa disponibiliza os links e/ou as imagens de todos os bancos de dados que usa para fazer suas verificações, pois acredita que é o leitor quem checa o checador.
Por princípio, a Lupa não analisa a intenção de atores públicos ao proferirem informações falsas. Porém, desde janeiro de 2021, a Lupa se reserva o direito de “apontar mentiras”, identificando em títulos e textos quando vê repetições de falas equivocadas como parte de um comportamento repetido que busca distorcer o debate público.
Via de regra, a Lupa não paga para estar em redes sociais ou por selos de perfil verificado. Em agosto de 2024, a Lupa decidiu assinar o pacote premium do X, que permite publicar tuítes mais longos, realizar correções até meia hora após a publicação e usar a aba Destaques. A decisão foi tomada a partir de uma avaliação de que os custos não são altos frente aos benefícios que a assinatura traria para a audiência da Lupa no X.
(Atualização feita em 15 de agosto de 2024)
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A Agência Lupa é membro verificado da International Fact-checking Network (IFCN). Cumpre os cinco princípios éticos estabelecidos pela rede de checadores e passa por auditorias independentes todos os anos.
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